quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Curso de Desenvolvimento e Gestão de Organizações Juvenis


Divulgando... (está circulando nas nossas listas de e-mail)


Gente, a Etapas estará realizando nos meses de novembro e dezembro o Curso de Desenvolvimento e Gestão de Organizações e Coletivos Juvenis.
O curso tem o objetivo de fortalecer as ações e iniciativas coletivas de jovens. Nesse sentido, só poderão se inscrever jovens que integrem grupos, organizações e coletivos juvenis.
As oficinas serão realizadas na Etapas e terão início no dia 10 de novembro, se estendendo a 19 de dezembro. Acontecerão sempre às segundas, quartas e sextas-feiras.
Para se inscrever o jovem poderá preencher a ficha de inscrição por telefone ou trazê-la já preenchida a Etapas até o dia 31 de outubro
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Público: jovens integrantes de grupos/organizações juvenis.

Carga horária: 68h

Conteúdo programático

-Conjuntura atual para organização juvenil.

-Juventude e participação.

-Gestão e organização interna dos grupos juvenis (administrativa e financeira)

-Visibilidade e comunicação.

Informações, inscrições e seleção: na ETAPAS

Período para inscrição: 27 a 31 de outubro de 2008.


Para outras informações e/ou dúvidas, seguem os contatos abaixo:
Auta - Educadora
auta@etapas. org.br

(81)32310745 - ETAPAS

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PE: Plano Estadual de Juventude e Conselho serão sancionados próxima sexta-feira

Este convite foi enviado a todas as listas e e-mails de movimentos e grupos juvenis..
CONVITE
Eduardo Campos, Governador do Estado de Pernambuco, e Pedro Mendes, Secretário da Juventude e Emprego convidam para solenidade:

PERNAMBUCO ANTENADO

“Mil idéias na cabeça e um futuro nas mãos".

Na ocasião serão sancionados o Plano Estadual de Juventude e o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude, além de haver o Lançamento do Portal da Juventude.
O evento, aberto ao público, finalizará com a apresentação das bandas pernambucanas Isaar, DJ Dolores, e Eddie.


Dia: 31 de outubro, sexta-feira.
SOLENIDADE DE ABERTURA
- Hora: 16h30
Local: Praça da República

SHOWS COMEMORATIVOS - Hora: 19h

Local: Praça do Arsenal, no Recife Antigo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Relato da Roda do mês de outubro

DATA: 09/10/2008

Na Roda desse mês foi feito um diálogo sobre a organização juvenil.

Antes de começar o debate, foi feita uma contextualização do tema de acordo com as últimas Rodas.

As primeiras falas giraram em torno das semelhanças e diferenças entre os movimentos de criança e adolescente e os movimentos juvenis.

Seguem abaixo algumas falas e indagações feitas na Roda:

  • A fase transitória (idade) ainda não tem definição concreta. Ainda há conflito sobre isso.
  • Os adolescentes tem garantias no ECA que os jovens acima de 18 anos não têm.
  • Como está o estatuto da juventude?
  • Há impasses na construção, entraves e divergências dentro da própria câmara. Algumas pessoas acham válido outras não.
  • Ainda há um desafio com relação a construção do estatuto da juventude, que é envolver os jovens na discussão e entender-se no processo de construção da política pública.
  • O Estatuto da Juventude, o Plano nacional de Juventude e a PEC da Juventude foram reafirmados como luta atual, demandas a serem votadas (Conferência Nacional).
  • O Estatuto não contém ações específicas, ele é um regulamentador, por isso a necessidade do Plano Nacional.
  • Os ganhos dos movimentos de crianças e adolescentes são maiores e de mais tempo: tem um estatuto já reconhecido, inclusive a forma como é divulgado pela mídia. A juventude ainda é retratada de uma forma negativa pela mídia.
  • Hoje o governo começa a responder as pautas da juventude; isso é resultado de uma luta sim. Embora haja pouco tempo de organização e luta. Tem pouco de reconhecimento de si enquanto jovem.
  • Há uma parcela da juventude que se vê como sujeito de direitos e participa ativamente da proposição da política pública. E um outro grupo, a maioria, que está alheio a esse processo.
  • Esse entendimento requer tempo. O Eca está mais divulgado e através dele, muitas crianças e adolescentes estão conhecendo seus direitos. A mídia também precisa dar vazão ao movimento de juventudes.
  • O movimento negro, o movimento de mulheres e o movimento de criança e adolescente também precisam ainda de um maior reconhecimento social. Por exemplo, muito negros sequer se reconhecem como negros.
  • Não dá para discutir movimento social segmentado. Há uma transição e intersetorialidade.
  • O diferencial do movimento de juventude é exatamente a diversidade e a transversalidade.
  • O grande problema dos movimentos sociais é a segmentação: negros, mulheres, homossexuais etc.
  • E qual o perigo disso? Segrega ainda mais?
  • Como o movimento social pode fazer para que essa discussão não seja mais tão fragmentada?
  • Hoje, os grupos e coletivos juvenis têm uma certa força política.
  • Com a dificuldade que temos para dialogar e mesmo para fazer o grupo existir, não dá para fazer apenas movimento. Como garantir a sustentabilidade dos grupos, como fazer com que o jovem possa continuar no grupo e sobreviver?
  • Qual o papel das ONG’s nesse processo? O que demanda estar em um movimento, em uma ONG?
  • Até onde é a luta sem o dinheiro? Existe também comprometimento. Compromisso e necessidade.
  • Reflexo da desmobilização dos movimentos.
  • Os grupos que surgem tem dificuldade de continuar se mantendo, tendo autonomia.
  • Existe uma dificuldade muitas vezes do próprio jovem/ grupo, de querer e/ou poder continuar organizado, existindo.
  • Infelizmente, existem outros fatores, como o econômico, que prejudicam a participação. Não é só “meter a cara”, precisa poder manter-se.
  • A política é uma coisa bem mais ampla. Não acredito que seja necessário 8 horas de dedicação.
  • É necessário certa profissionalização para alguns grupos continuarem existindo.
  • Muitas organizações acabam terminando porque muitos jovens precisam sobreviver, encontrar trabalho.
  • É uma questão de profissionalização, a partir da dedicação do estudo...
  • É preciso pautar outras demandas, além das clássicas...
  • Existe a impressão de que a pauta da juventude veio de cima para baixo. Ex: o próprio Projovem, onde os alunos são beneficiários, não se sentem sujeitos de direitos contemplados com a política pública.
  • O Observatório da Política Pública de Juventude ainda não existe. Aqui, estamos avaliando a políticas públicas (Projovem etc). É necessário mais elementos, relatórios para esta análise.

ENCAMINHAMENTOS:

  • Existem ainda dúvidas sobre a legislação para a juventude a nível nacional.
  • Ainda é preciso dialogar sobre a organização juvenil, sobre o movimento de juventude.
  • Necessidade de conversar mais sobre as políticas de juventude a exemplo do Projovem.

Responsáveis pela organização da próxima Roda: Auta (Etapas) e Vanessa (Retome).


Tema da próxima Roda è "Juventudes: que movimento é esse?"

Data è 13.11.08

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Movimento de Criança e Adolescente e Movimentos Juvenis: um diálogo possível.

Esse mês, a Roda vai fazer um diálogo entre os Movimentos Juvenis e os Movimentos de Criança e Adolescente. O tema foi motivado por uma pergunta feita na Roda de setembro: De que forma o movimento de criança e adolescente pode dialogar com o movimento de juventude? Nesse sentido, a Roda vai girar em torno do diálogo entre esses dois movimentos.

NÃO PERCAM!!!

Roda Aberta de Diálogo
Tema: Movimento de Criança e Adolescente e Movimentos Juvenis: um diálogo possível
Quando: Quinta-feira, 09 de Outubro às 9h
Onde: Etapas (Rua da Soledade, 243/249 – Boa Vista)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E-mail da Livia após conversa com integrantes da Rede Juventudes (local:Recife)

Oi amigos! foi ótimo estar com todos vocês e matar um pouco a saudades!
Bem, eu conversei um pouco com um e com outros, ouvindo relatos, criticas e desejos ... e queria dizer para vocês algumas coisas:

1. uma coisa que sempre me pareceu super importante é manter o dialogo, entre diferentes posições, visões, razões, manter um dialogo aberto e franco, única premissa possível para o entendimento. Isso, me pareceu que está se perdendo, entre todos vocês. Essa historia de tantos estar trabalhando no governo, ou bem próximos, parece que criou um entrave, uma separação, entre quem esta dentro e quem esta fora, e o dialogo parece dificil. è preciso ter cuidado, sempre, em não desqualificar as posições do outro, mesmo quando não concordamos. Parece que o fato de se conhecer há tanto tempo cria uns estigmas, e aquele é já etiquetado de alguma coisa, então não se quer muito ouvir o que tem a dizer ... mas eu continuo achando que todos estão, e estamos, no mesmo barco e só juntando de alguma forma as forças é que vai se conseguir remar ...

2. evidentemente, o fato de muitos ter ido trabalhar no governo, provoca um desfalque serio na chamada "sociedade civil". Isso, por um lado, é bastante inevitável (quem poderia, e teria legitimidade, para ir trabalhar no governo tentando implementar as políticas de juventude, se não vocês que já estão nessa historia há tanto tempo?) mesmo porque as pessoas são poucas, no recife em particular ... Por outro lado, acho que é preciso cuidar, sempre, de manter uma massa critica do lado de fora. Sem isso, o lado de dentro vai brochando, num discurso auto-referencial um pouco vislumbrado. .. vamos ficar alertas!

3. em todo caso, é preciso escolher e explicitar claramente de que lado se esta, de que lado se fala. A ambigüidade dificulta, enormemente, o dialogo.

4. Não tem como não ficar decepcionados, do lado de fora, por praticas e decisões tomadas por quem está do lado de dentro (exemplo: um conselho consultivo, com conselheiros escolhidos a dedo por meio de uma "engenharia das cadeiras" sempre foi por nós criticado, e todos assinamos carta de critica redigida à SNJ, ne?).

5. me parece que quem esta do lado de dentro continua tentando implementar uma velha pratica, que é tentar organizar a sociedade civil a partir do governo. Já discutimos e escrevemos sobre isso (a proposito, era legal todos dar uma olhada no livro que resultou daquela pesquisa que fizemos com a Marilia Sposito, sobre PPJ no nivel local, aqui vai a referencia:

SPOSITO, Marilia Pontes (2007), Espaços públicos e tempos juvenis: um estudo de ações do poder público em cidades de regiões metropolitanas brasileiras, São Paulo: Global.

Melucci dizia: "o poder não pode contestar a si mesmo. quem exerce o poder não pode representar, ao mesmo tempo, os conflitos que investem o poder."

6. minha sugestão para quem esta do lado de fora, com atitude critica foi: primeiro, ninguem aqui é inimigo de ninguem, pelo contrario, somos todos amigos, por sorte! segundo: sair do enfrentamento esteril, voltar para as "bases", acumular forças de outra forma, já que o momento não me parece muito propicio para o embate governo-sociedade civil, se articular melhor, no discurso e nas praticas, envolver novos atores ....André deu otimas dicas sobre isso.

7. transparência, me parece sempre fundamental, tanto quanto o respeito pelas posições do outro. transparencia talvez consigo mesmo (as vezes fica bastante confuso até para nós mesmos, entender motivações, desejos e constuir atitudes coerentes).
Bem, é isso. Boa sorte para voces! e vamos continuar a conversa.

Grande abraço a todos,
Livia De Tommasi